sexta-feira, 17 de julho de 2009

A Morte do Amor e Suas Consequências - Capítulo 1

1. A Morte do Sentimento

1.1 O Mal deste século

Acusar Deus e o destino por todas as máximas sofridas no dia a dia é de praxe social irrevogável. Não se tem mais a espectativa incoerente de esperar pelo romance sincero como que surgido em "amores à primeira vista". O sentimento tem sido assassinado latentemente por décadas a fio, desde (sem querer trazer um debate de machismo e feminismo à tona) a Revolução Feminista, por exemplo.
Não é justo acusar determinado movimento por tamanha desordem emocional, seja ele revolucionariamente feminista ou religioso. Separar em fatores da sociedade, como a ascensão do capitalismo, as lutas por liberdade, mudanças na economia, trabalhismo, exploração, correria cotidiana e a velocidade de informação, seria como atribuir conceitos quase ilógicos às razões de sentimento.
O mal do século XIX foi a tuberculose, que matou centenas de milhares de pessoas, grande parte de artistas românticos e boêmios. Por certo tempo, principalmente nos anos 1980 do século XX, poderia-se dizer que o novo mal seria o HIV, doença incurável com índices altíssimos de óbito. Talvez até o câncer entrasse nesta "disputa", mas discordo em ambos os casos. Acredito que o mal do século XX e XXI é a depressão, causada por todos os fatores supracitados da nova sociedade.
A depressão aqui citada não é apenas a tristeza ou estado depressivo simples. O transtorno depressivo nervoso é uma doença, com tratamento médico especializado, caracterizada por sentimentos como tristeza profunda, falta de interesse, falta de prazer, entre outros. É um problema neurológico que pode ser causado por diversos fatores, como brigas, desilusões, estresse, entre outros. Aproximadamente 20% da população mundial tem ou já teve depressão, sendo as causas psico-sociais (o caso mais comum é o de desilusão amorosa), biológicas (disfunções hormonais, por exemplo) e traumas físicos fortemente estressantes, como acidentes, por exemplo.
Sabendo que o suicídio é como o estágio terminal depressivo, é necessário entender a depressão como o mal da atualidade, para basear a minha teoria.


1.2 Depressão e conseqüências depressivas - Decidindo matar os sentimentos

A maioria dos casos que confirmam a presente teoria de morte do sentimento aconteceram após depressões psico-sociais. As desilusões amorosas podem ser consideradas o principal agravante para que o amor se tornasse desvalorizado. É claro que é preciso associar fatores midiáticos, que serão citados mais à frente. Por enquanto, atemo-nos à depressão.
Sempre após um relacionamento difícil, os jovens principalmente, sentem que há um esfriamento sentimental. Isso após um período depressivo difícil, porém nem sempre profundo. A conseqüência do estado depressivo é sempre uma quase lascívia extravagância, divergindo, por vezes, de valores básicos adquiridos por toda a criação familiar. Porém, a própria família se desprende, em situações depressivas, principalmente se estas ocorrem no primeiro período da adolescência. Mas este é outro assunto a ser tratado posteriormente.
O importante é levantar o debate em torno da questão crucial em que a depressão e o estado pós depressivo são indicados como causa para a morte do sentimento.







(Guilherme Peace - continua)

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