quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Moderadamente egocentrista.

Na foto: Meu pai e minha irmã, Paloma.
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De várias maneiras fui obrigado a provar do fel, o amargo nauseante a espreitar a saúde, escondido atrás daquele ego artístico, levemente controlado. Se um cigarro a mais, outra cerveja talvez, fica só mais um pouco, promete que vai me amar pra sempre, promete que nunca mais vai voltar. De tantas e todas as formas possíveis, como clipes antigos, vídeos em preto-e-branco, fotos tão rebocadas quanto o sorriso daquela velha que passa ali, muito bem, obrigado. E olha como canta, para não ser obrigado a recitar. Se não entendem, a culpa pesa como pena sobre a ferida escondida, por orgulho, medo ou apreensão? Mas vá, e trate de não olhar pela janela, trate de não se admirar com os prédios enfeitados da Paulista, nem com os becos mal-cheirosos da Carrão. De estação em estação, de trem em trem, de cidade em cidade, de ônibus em ônibus, pára, olha, procura, encontra, mas só pra ser assim. Só pra saber que está lá.
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Je besoin de femme avec le cour d'or.
Pourriez-vous parle plus lentement,
s'il vous plâit?
Je chanterai seulement una chanson
chercher mon amour, mon amour...
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Pequeno diálogo de vocês:
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- Se é assim que você prefere...
- Não venha me dizer que talvez. Só digo o que convém. Só peço o que é capaz de cumprir.
- Olha pra mim. Olha pra mim!
- Tô olhando!
- Você não seria o bastante, de qualquer forma. Olha pra mim. Você não saberia lidar...
- Não? E você soube tentar? Você não é capaz nem de tentar, quanto menos de fazer por merecer.
- ...
- E não diga que não fui capaz. Não diga que não escolhi. Não diga coisas que você pensa que eu seria capaz de dizer.
- Não é tão simples assim. Pega o cigarro pra mim, ali. Deixa que eu acendo. Não é tão simples assim. A gente não pode resolver tudo com simples palavras. você é dominado por palavras. Você é dominado por expressões ambíguas. Pára com esse violão!
- Sabe... eu perguntei se sim...
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"Eu perguntei se sim"
(Guilherme Peace)
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E ela respondeu:
"Não é tão simples assim.
Eu não posso mudar minha vida
Não por você.
Entenda, não é nada pessoal,
não existe um outro alguém
E essa é uma guerra que você mesmo comprou.
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Não posso mais lutar...
e é aí que está!
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Não devia ser uma guerra, entende?
Não devia machucar
Nem fazer perder o sono
Se tem que ser assim que seja
A minha energia acabou e eu te amo
mas agora como se ama a um irmão.
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Pegue suas coisas.
E não me ligue mais."
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Virou e foi embora
E nem me disse adeus...

Um comentário:

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